Por: Eng. Florestal Marcelo Lubas
Secretário e pesquisador da FUPEF
Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná
O potencial de produtos da biodiversidade brasileira é rica e exuberante, e não é totalmente conhecida nem sequer pelos brasileiros.
A oportunidade ímpar de se poder comprovar a valorização que produtos extrativistas brasileiros que de tamanha importância e grandeza, e mesmo assim desvalorizada por alguns, apresentam hoje, um novo caminho a ser construído e valorizado.
Temos a obrigação de contribuir para a construção da política nacional para o Plano de Produtos da Sociobiodiversidade, e, pela área de atingimento e importância sócio-econômica, o pinhão surge como o produto que leva consigo uma importância ainda maior: é obtido através da árvore símbolo do Sul do Brasil: A araucária.
A oportunidade de participar lado a lado com representantes de comunidades e entidades de diversas partes do país, onde a Amazônia e o Nordeste dominam o tema de extrativismo, por características e peculiaridades históricas, a possibilidade de inserção de um produto característico do sul, é algo inédito.
A metodologia, esplendorosamente apresentada pelo moderador Günter Viteri, acompanhado de técnicos da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural, do Ministério do Meio Ambiente, e por técnicos da GTZ, agrega valor e potencializa as ações que serão realizadas para a promoção da cadeia de valor do pinhão.
O pinhão da região turística paranaense, denominada graciosamente por “Rotas do Pinhão”, e que inclui 27 municípios, apresenta pinhão de alta qualidade e grupos extrativistas de tradição centenária, e que nos remete aos tempos dos desbravamentos das terras paranaenses, onde os índios e posteriormente os primeiros colonos que por aqui vieram, já se alimentavam do pinhão como um dos principais produtos de inverno, onde a geada reduzia as fontes de comida.
A primeira associação de pinhoeiros do Paraná, existente na região, será, com certeza, muito beneficiada com a multiplicação de técnicas e conhecimentos práticos, que terão por finalidade, contribuir significativamente para a conservação das araucárias, e também a geração de renda e valorização destes povos tradicionais e agricultores familiares, que tanto precisam desta renda anualmente.
Marcelo Lubas (cadeia produtiva do pinhão) comenta participação
no curso promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e pela GTZ
no curso promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e pela GTZ
Participantes de diversos estados formaram o grupo que se somou
aos trabalhos já em andamento das cadeias do Pequi e da Piaçava
aos trabalhos já em andamento das cadeias do Pequi e da Piaçava